Durante o 1º Forum da Malária o Chefe de Estado lança a campanha “zero malária! começa comigo!”
Maputo 29 de Junho de 2018 – Durante o 1º Fórum da Malaria, que teve lugar no dia 28 de Junho corrente em Maputo, o Chefe de Estado moçambicano, Eng. Felipe Jacinto Nyusi, lançou a campanha Nacional denominada “Zero Malaria! Começa Comigo”.
A campanha “Zero Malaria! Começa Comigo” é um apelo dirigido a todos e visa um movimento amplo, para que todas as pessoas e intervenientes assumam a sua responsabilidade na prevenção, no controlo e no tratamento da Malária.
O 1º Fórum da Malária, realizado sob o Lema “Juntos no Combate à Malaria”, teve como objectivo a criação de uma plataforma de coordenação multissectorial e comunitária, visando responsabilizar os sectores e as comunidades para uma acção integrada e conjunta para a redução do peso da malaria em Moçambique.
A nível mundial Moçambique faz parte dos 10 Países mais assolados pela Malária. Dados oficiais indicam que em 2017 foram registados cerca de 10 milhões de casos de Malaria, contra mais de 8 milhões registados em 2017. Apesar do aumento do número de casos no período em referência registou-se uma diminuição em 34 % do número de óbitos, isto é 1.114 em 2017 contra 1.685 em 2016.
Na ocasião o Chefe de Estado abordou de forma didáctica os determinantes socio económicos que favorecem a transmissão da doença. Também deu orientações claras a serem implementadas por cada sector e interveniente, em cada nível de actuação, sobre o que fazer para o reforço da colaboração multi - sectorial, com vista a reduzir o impacto da malaria no Pais.
Para além de quadros seniores da Organização Mundial da Saúde (OMS), e quadros da sede do Movimento Fazer Recuar a Malaria, o 1º Fórum da Malaria contou com a participação de altas individualidades dentre as quais a Ministra da Saúde do Eswatini, Dra. Sibongile Ndlela – Semalela, membros do Conselho de Ministros, deputados, quadros seniores do Governo, embaixadores, representantes das Nações Unidas, empresários, Organizações Não Governamentais, líderes religiosos, jornalistas, artistas, líderes comunitários e praticantes da Medicina Tradicional.
A Ministra da Saúde do Eswatini enfatizou o facto de mosquito não conhecer fronteiras, tendo na ocasião lançado um vigoroso apelo para a colaboração transfronteiriça para vencer a Malaria. Ela lamentou o facto de o continente africano contribuir com mais de 90% de casos e de óbitos que ocorrem no mundo cada ano.
Por seu turno a Representante da OMS em Moçambique, Dra Djamila Cabral fez uma apresentação intitulada “Situação da Malária na Região Africana e no Mundo, Desafios para o Controlo e Eliminação”. No final da sua apresentação a Representante da OMS congratulou-se pelos esforços do Governo no combate à malária. Na ocasião ela reconheceu que “a liderança e o engajamento políticos ao mais alto nível, constituem condições indispensáveis para o sucesso dos programas de combate a esta doença. A sua presença aqui hoje Excelência Senhor Presidente, é um sinal forte deste compromisso”.
O Director Geral da OMS, Dr Tedros Ghebreyesus, através de uma mensagem em vídeo, mencionou que luta contra a malária não é só da responsabilidade do Ministério da Saúde, é necessário acção de outros sectores para que sejam resolvidos os problemas socias, económicos e ambientais que contribuem para as infecções e a morte.
Falando no encerramento do final do 1º Fórum da Malaria a Ministra da Saúde, Dra Nazira Abdula, disse que o encontro conseguiu alcançar o objectivo e corresponder as expectativas.
A terminar a sua alocução a Ministra disse: Todos no combate à Malaria, continua sendo o nosso Lema. “Cada um de nós deve fazer a sua parte. Como foi aqui referido, as redes mosquiteiras que foram distribuídas em todo o país, não irão acabar com a malária se não forem utilizadas correctamente e implementarmos todos os dias outras medidas complementares simples e com baixo custo”, chamou atenção a Ministra da Saúde.
Durante o Fórum, especialistas de várias áreas e instituições fizeram apresentações nomeadamente:
- Situação da malaria em Moçambique;
- Alguns resultados das pesquisas para o controlo da Malária realizados em Moçambique e
- Papel do sector privado no controlo da Malária